Poluição no Rio Tejo. O que a causou?

Cientista, a poluição dos rios é, infelizmente, cada vez mais evidente e motivo de notícia no nosso país.

Desta vez, as atenções caíram sobre o Rio Tejo – o maior rio da Península Ibérica – que esteve durante vários dias coberto com um manto de espuma branca.

 

Poluição no Rio Tejo: o nosso rio

 

– O que causou a poluição no rio Tejo?

Cientista, a poluição no rio Tejo tem vindo a agravar-se nos últimos anos devido, em grande parte à seca.
Atravessamos hoje em dia a mais grave seca de sempre e as reservas de água estão a cair a pique.

O caudal do nosso rio Tejo está muito frágil devido à falta de água e as consequências já são notórias: há muitas espécies a morrer e o mau cheiro já se faz sentir.
E porque é que isto acontece cientista?

A falta de água faz com que a capacidade de depuração do rio seja insuficiente e daí, resulta a acumulação de resíduos em volumes elevados muito elevados.

Estes resíduos podem ser resultantes da própria população, da indústria e da agricultura.

 

– Em que consiste a depuração dos rios?

Quando um poluente é despejado num curso de água, à medida que este curso vai seguindo o seu caminho em direcção à sua foz, a água vai perdendo calor para a atmosfera e os novos afluentes vão arrefecer esse poluente, permitindo que a água volte à sua condição de equilíbrio na temperatura inicial.

A depuração pode ser mais ou menos demorada, dependendo da intensidade de contaminação e do próprio curso de água, no entanto, caso se trate de um contaminante muito forte, ou de uma carga poluente muito grande, o curso de água pode mesmo não voltar a regenerar e nessas alturas dizemos que o curso de água está morto.

 

– Mas a seca não é a única causadora…

Nos últimos meses, têm chegado até nós notícias que acusam também as fortes descargas de celulose como o grande causador desta tragédia.

Esta catástrofe ambiental está a originar a morte de muitos peixes e a destruir a fauna e a flora do Tejo. Em 2016, o rio já tinha sido igualmente vítima de eutrofização no alto Tejo.

Este fenómeno consome o oxigénio da água, reduz os seus níveis e coloca os ecossistemas aquáticos em perigo de sobrevivência.

 

– Como podemos proteger e preservar os rios?

Para podermos proteger e preservar os rios, existem várias atitudes e comportamentos que podemos adoptar:

 

1 – Evita a construção de currais, galinheiros e fossas sépticas nas proximidades das nascentes, rios, ribeiras… pois com a chuva, os dejetos podem contaminá-los.

 

2 – Recicla e diminui o uso de produtos plásticos.

Mais de cinco trilhões de peças de plástico flutuam no oceano, matando inúmeros animais marinhos anualmente.

 

3 – Tenta utilizar menos o teu carro e faz mais uso consciente da água e da energia.

A queima de fósseis, como petróleo, gás e carvão, acelera o aquecimento global. Com oceanos mais quentes, o habitat marinho sofre inúmeras mudanças.

 

4 – Escolhe produtos e alimentos que não explorem a vida marinha.

A pesca excessiva e insustentável é responsável pela extinção de diversas espécies.

 

5 – Cuida da praia. Depois de aproveitar o mar e a areia num dia de sol, lembra-te de levar todo o lixo para o caixote.

Tenta não pegar em nada que pertença ao ecossistema local, como corais, pois, por exemplo, é onde muitos dos peixes colocam os seus ovos.

 

6 – Procura manter-te informado sobre a exploração oceânica, apoia organizações e campanhas de proteção ao habitat marinho e terrestre e compartilha os teus conhecimentos com outras pessoas (família, amigos).

É preciso juntar forças para promover mudanças significativas no meio ambiente, se uma pessoa pode fazer a diferença imagina se nos juntássemos todos!

 

7 – Preserva as matas ciliares.

As margens dos rios possuem uma mata muito importante: as matas ciliares.

São elas que garantem a qualidade da água, a vida selvagem, que evitam o assoreamento e que os restos de detritos de esgotos cheguem até ao rio.

Estas matas reduzem a erosão, filtram a poluição e proporcionam sombra e proteção aos peixes.

 

8 – Evita a poluição dentro de casa.

Nunca deites algo nos ralos de casa ou da rua, pois os sistemas de escoamento não fazem o tratamento dos materiais que não são biodegradáveis.

 

9 – Cuidado com os produtos químicos.

Evita utilizar quantidades elevadas de produtos químicos, como óleo para motores ou detergentes de carros… Nunca os uses próximo do rio, ou como disse anteriormente, nos ralos, mesmo da rua.

 

10 – Denuncia vazamentos, lixo e poluição.

Ações rápidas podem minimizar as consequências causadas à água e ajudar a achar quem cometeu o crime, assim conseguimos que o lixo seja retirado e limpar o rio antes que mate os animais e antes que polua a água que nós bebemos!

 

Science4you

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