Fonte: StartUP Magazine / Jornal Económico
Miguel Pina Martins é o ‘CEO’ da startup Science4you. Formado em Finanças e mestre em Gestão, trabalhou quatro meses na banca de investimento antes de se dedicar a tempo inteiro à empresa de brinquedos científicos e didáticos.
Sediada em Loures, espaço inaugurado, o ano passado, pelo ex-Presidente da República, Cavaco Silva, a Science4you é uma marca nacional nascida há seis anos, que desenvolve, produz e comercializa brinquedos científicos. Atualmente, assegura emprego a 400 colaboradores na fábrica, 70 no escritório e 150 em Madrid.
Em entrevista à StartUp Magazine, o CEO Miguel Pina Martins, conta como nasceu e qual foi o caminho percorrido pela Science4you, a marca que se tornou líder de mercado na área dos brinquedos educativos e científicos.
Como surgiu a Science4you?
Miguel Pina Martins (MPM): A Science4you foi o meu projeto final de curso. O ISCTE tinha uma parceria com a Faculdade de Ciências de Lisboa, em que a Faculdade dava ideias e o ISCTE montava os planos de negócio. Eu e o meu grupo, composto por mais sete pessoas, rifamos, na altura, os “kits de física”, mas consegui dar a volta ao tema e transformá-lo, então, em brinquedos científicos. O projeto correu bem, o grupo teve uma boa nota e a partir daí cada um seguiu o seu caminho profissional.
Após quatro meses a trabalhar na banca de investimento, percebi que não era aquilo que queria fazer o resto da minha vida e foi então que decidi agarrar no projeto. Tentei levantar capital à Portugal Ventures que, por sua vez, acharam o projeto interessante e decidiram investir, na altura, 50 mil euros (e eu investi 1 125 euros). Queria dar o nome Science4all à empresa, mas uma vez que o meu pedido foi rejeitado por já existir uma empresa com esse nome, segui para a segunda opção, a Science4you.
Qual é o procedimento desde a produção ao embalamento dos produtos?
MPM: A fábrica tem 8 mil metros quadrados no total e está dividida em quatro fases. A primeira é a fase de armazenagem e a segunda é a fase de produção intermédia, onde são feitas as primeiras produções, a nível de produto. A terceira fase é denominada de produção final, que é quando os produtos são embalados nas caixas e por fim, a quarta fase que é, naturalmente, a expedição. A fábrica está dividida em “U”, o que significa que tudo entra por um lado e sai pelo outro.
Para que idades são direcionados os brinquedos?
MPM: O primeiro e o segundo ciclo, até ao sexto ano, são o público-alvo. Depois, obviamente, também vamos apanhando crianças de três, quatro e cinco anos, bem como algumas crianças de 13 e 14 anos.
Como se estão a preparar para a época natalícia?
MPM: Com muita gente, muito trabalho e muitas encomendas. Estamos a produzir cerca de 20 mil brinquedos por dia, o que, neste momento, é o nosso máximo (e assim vai ser até ao Natal).
No primeiro ano de existência da marca, qual foi o nível de faturação atingido?
MPM: No primeiro ano a faturação chegou aos 50 mil euros, o que para nós foi muito bom. Já este ano, ficará claramente acima dos 17 milhões de euros. Só este trimestre representa 60% da faturação anual. Claro que para nós isto é um motivo de grande satisfação, pois superámos as expetativas ao passarmos de 11,2 milhões para mais de 17 milhões.
Somos uma empresa com ambição e o objetivo é continuar sempre a crescer. As pessoas têm vindo a consumir, cada vez mais, os nossos produtos. Penso que conseguimos o equilíbrio certo entre educação e diversão. Acabamos por agradar a pequenos e graúdos, em que pais, tios e outros familiares ficam contentes por oferecer um produto educativo, e as crianças ficam contentes porque se divertem. A juntar o útil ao agradável, acreditamos que conseguimos um mercado muito interessante.
Leia a entrevista completa no site da StartUP Magazine.