É verdade! Sim, é mesmo verdade! As Ondas Gravitacionais existem e depois de mais de 100 anos à procura do que foi considerada a última grande previsão da Teoria da Relatividade Geral, de Einstein, uma equipa de físicos internacional anunciou esta descoberta fantástica.
O sinal de onda gravitacional foi detectado pelo LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) nos EUA, no dia 14 de Setembro do ano passado e o anúncio marcante aconteceu durante uma conferência de imprensa ocorrida ontem: “Detectámos ondas gravitacionais. Conseguimos!” anunciou David Reitze, Director Executivo do LIGO no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).
Através da sua Teoria, Einstein afirmou que o contínuo espaço-tempo poderia ser deformado pela Gravidade e que, quanto maior fosse o objecto, maior seria o seu efeito. Se estes objectos enormes se movessem, iriam criar uma oscilação (ou curva) no contínuo espaço-tempo – as tais ondas gravitacionais.
Basicamente, quando um evento cataclísmico acontece – como o choque de buracos negros ou a explosão de estrelas -, estas curvas propagam-se como ondas gravitacionais. Sabes quando deixas uma pedra cair num lago e quando toca na água faz aquelas ondinhas? É como se o contínuo espaço-tempo fosse o lago, o evento cataclísmico fosse a pedra e as ondas gravitacionais fossem as ondinhas que se replicam na água.
As ondas descobertas o ano passado pelo LIGO foram geradas pela junção de dois buracos negros – um dos poucos eventos poderoso o suficiente para produzir ondas gravitacionais, capazes de deformar o tecido do espaço-tempo, criando ondas que se espalham pelo Universo e que agora somos capazes de detectar.
Os dois buracos negros fundiram-se há cerca de 1.3 mil milhões de anos e tinham massas semelhares – um pesava cerca de 36 vezes a massa do Sol e o outro cerca de 29 vezes.A probabilidade de esta descoberta ser um engano é de apenas 1 em 6 milhões.
Neste vídeo podes ouvir o som dos dois buracos negros a chocarem um com outro: https://www.youtube.com/watch?v=egfBaUdnAyQ
O Professor Bob Bingham, físico do Science and Technology Facilities Council do Reino Unido disse que “esta descoberta abre caminho para conseguirmos olhar para trás no tempo até à criação do universo”.
Este acontecimento histórico marca o início de uma nova Era para a Astronomia.